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Desde o período da gestação até a sua morte o homem estará em sempre em transformação, cientistas estudam o desenvolvimento humano constantemente, pois com o passar dos tempos a ciência descobre coisas novas. O desenvolvimento humano foi subdividido didaticamente em: desenvolvimento físico (corporal, capacidades sensoriais e motoras), desenvolvimento cognitivo (aprendizagem, memória, linguagem, pensamento) e desenvolvimento psicossocial (relações sociais e sentimentos). Porém o ser humano é a soma desses três aspectos, um desenvolvimento influencia o outro, conforme vamos desenvolvendo fisicamente, nossa percepção do mundo também se desenvolve e há um aumento nas nossas relações psicossociais.

 

No livro Desenvolvimento Humano,  Papalia cita alguns exemplos: “uma criança com frequentes infecções de ouvido pode desenvolver a linguagem mais lentamente do que uma criança sem esse problema. Durante a puberdade, as mudanças fisiológicas e hormonais dramáticas afetam o desenvolvimento do senso de identidade. Em alguns adultos mais velhos, mudanças físicas no cérebro podem levar à deterioração do intelecto e da personalidade”. Nota-se que tudo está intimamente ligado, a linguagem depende do desenvolvimento fisiológico e a socialização da criança depende da sua capacidade de falar, e a cada dificuldade que ela enfrenta seu psicológico será afetado.

 

O desenvolvimento humano é um processo global, unificado, a separação é apenas descritiva, mas não é possível estudar o desenvolvimento sem pensar no ser humano com um complexo de características interdependentes.

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Existe uma construção social a respeito dos ciclos da vida (infância, adulta e velhice) que varia de acordo com determinada sociedade e determinada época da história. Papalia descreve no seu livro que “não existe um momento objetivamente definível em que uma criança torna-se um adulto ou em que uma pessoa jovem torna-se velha. As sociedades do mundo inteiro reconhecem diferenças no modo como pessoas de diferentes idades pensam, sentem e agem, mas elas dividem o ciclo de vida de modos diferentes. Nas sociedades industriais, como já mencionamos, o conceito de adolescência como um período de desenvolvimento é muito recente. A meia-idade também não era vista como uma fase separada de vida em outros tempos, quando a vida era mais curta. Tampouco é considerada uma fase separada da vida em algumas sociedades pré-industriais, em que os papéis sociais não mudam apreciavelmente entre a idade adulta e a velhice.”

 

A nossa sociedade (ocidental e industrial), subdivide o desenvolvimento humano em oito períodos:

 

  • Período pré-natal: da concepção ao nascimento;
  • Primeira infância: do nascimento aos 3 anos;
  • Segunda infância: dos 3 aos 6 anos;
  • Terceira infância: dos 6 anos aos 11 anos;
  • Adolescência: dos 11 aos 20 anos;
  • Jovem adulto: dos 20 aos 40 anos;
  • Meia-idade; dos 40 aos 65 anos;
  • Terceira idade (a partir do 65 anos).

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Independentes das diferenças sociais de cada localidade do mundo os cientistas acreditam que alguns aspectos do desenvolvimento humano podem ocorrer numa determinada faixa, por exemplo, a dependência do bebê nos primeiros anos de vida tende a torna-los mais apegados aos seus pais ou cuidadores; já na fase da segunda infância, com o desenvolvimento da linguagem e locomoção, torna-se mais independente de seus pais e aumenta a sua socialização; na fase da adolescência observa-as uma busca de identidade, como forma de demonstrar independência dos pais para se posicionar de maneira mais autônoma no âmbito profissional e social; na fase adulta há mais um posicionamento de estilo próprio e é um momento de escolhas com mais autonomia; na meia idade ocorre o conflito entre lidar com o declínio físico e perspectiva de desaceleração do ritmo de vida; na terceira idade é o momento em que a pessoa enfrenta perdas de entes queridos e precisam lidar com a perda de autonomia pela degeneração corporal e cognitiva e do enfrentamento da própria morte.

 

Cabe aqui entendermos que todas as fases da vida são feitas de desafios e superações, se conseguirmos enfrenta-las com serenidade e discernimento, teremos vivido de maneira satisfatória.

 

 

(Fonte: PAPALIA, E. D.; OLDS, S. W. & FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: ArtMed, 8ª. ed., 2006.).

 

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