Muitas pessoas se veem diante dessa escolha… Algumas pessoas tem um desejo desde criança de casar e ter filhos, outras desejam seguir uma carreira profissional de sucesso, outras desejam as duas coisas, existem outras que deixam por conta do destino…
Algumas décadas atrás as mulheres, e os homens também, eram educados desde criança a constituir uma família, como se o único objetivo da existência seria contribuir com a perpetuação da espécie.
Hoje se vê pessoas optando em seguir uma carreira profissional, sem filhos e até mesmo sem casar com alguém.
Mas ainda é comum conhecer pessoas dizendo querer ter filhos depois que estiverem com uma estabilidade profissional, com certa estabilidade financeira para proporcionar aos seus filhos o máximo de conforto, boas escolas, saúde, etc…
Mas será que a maternidade ou paternidade é apenas prover coisas materiais para aos filhos?
Você já parou para pensar porque desejamos ter filhos?
Você poderá responder que é para formar uma família, para perpetuar-se, para consolidar uma relação, para não ficar só, etc. São tantos motivos para ter filhos…
Talvez a resposta não seja o mais importante…
O que importa é saber como a decisão de ter um filho é profundamente comprometedora.
Sim, a decisão de ter um filho é um ato de responsabilidade! Quando decidimos ser pais, decidimos formar uma pessoa, somos responsáveis em cuidar, educar e proteger um ser que chega ao mundo sem nada saber, que aprende conosco o que é certo e o que é errado, o que é bom ou ruim…
Ser pai ou mãe é abdicar dos próprios desejos para atender os desejos dos filhos, é ensinar através das suas atitudes, dar o exemplo, é cuidar, proteger dos perigos do mundo…
Muitas pessoas se tornam pais e trabalham incessantemente com o intuito de ganhar dinheiro para prover o conforto da família, mas esquecem de oferecer aos filhos o que eles mais precisam: amor e atenção.
Não adianta prover bens materiais, é preciso dar amor, olhar no olho, conversar, brincar, contar histórias, dar colo… Filhos querem ter os pais por perto… Querem se sentir amados, protegidos e compreendidos.
O mundo exige de nós muitas coisas…
Se não pararmos para pensar o que realmente desejamos para nós, ficaremos numa busca incessante de coisas materiais, para conseguir status social, para ser aceito em determinado grupo ou classe social. Mas o que realmente importa para você? Você já parou para pensar?
Ao decidir ter um filho, precisamos ter a consciência que teremos a responsabilidade de cuidar de outro ser, de orienta-lo no seu processo de desenvolvimento físico e emocional, e isso não é fácil porque também necessitamos de nos cuidar. E cuidar vai além de prover recursos materiais, é se responsabilizar pelo seu bem estar, é preocupar-se no sentido de proteger e orientar no processo de desenvolvimento da criança é estar com, caminhar junto. De nada adianta atender as necessidades físicas e materiais do seu filho se não houver uma relação afetiva e atenta entre vocês.
Existe um poema de Vinicius de Morais que diz:
“Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas, se não os temos
Como sabê-lo?”
A única maneira de saber o que é ter um filho é vivenciar a experiência de ser pai ou mãe.
Que decisão difícil…
Portando, o mais importante na decisão de ter filhos é o seu autoconhecimento, o que você pretende vivenciar na sua existência. Escolher ter filhos, ou não, antes de tudo deve partir da sua própria escolha de vida, sem pressões externas, precisa ser uma escolha consciente dos prós e contras, de quais são os seus sonhos e realizações futura, e mais importante ainda: que seja no seu tempo.